Residência multiprofissional fortalece serviço na pandemia
Residentes atuam na retaguarda e entram nas escalas de serviços de saúde do HR


07/07/2020 09:01:34 Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste | Mariana Tavares NOTÍCIAS

Referência em atendimento a pacientes suspeitos ou confirmados com a Covid-19 no oeste paulista, o Hospital Regional de Presidente Prudente (HR) precisou reformular protocolos e readequar as equipes de trabalho para atender a demanda que vem de Presidente Prudente e região. Para isso, a unidade conta com o auxílio extra dos residentes dos programas de residência multiprofissional em Saúde do Idoso, Intensivismo e Urgências e Emergências, realizados em parceria com a Unoeste, os quais possuem formações em Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Nutrição.

A gerente de Enfermagem do hospital, Rosinês de Jesus Neves Oliveira, conta que devido à pandemia, foram criados fluxos exclusivos para esses atendimentos. “Foi necessário remanejar profissionais experientes para linha de frente, e a residência multiprofissional tem contribuído muito, nos apoiando nas atividades diárias, coberturas e treinamentos. Além da contribuição no estágio supervisionado de enfermagem, apoiando os alunos na rotina do dia a dia, nas discussões de casos clínicos e fazendo uma ponte entre ensino-serviço”, ressalta.

O supervisor do serviço de Fisioterapia do HRPP, James Falconi Belchior, afirma que a residência contribui com um trabalho de qualidade e com muita responsabilidade. “Os residentes vêm com sede de aprendizado e estamos sempre realizando troca de experiência e conhecimento. Eles vêm somar, incorporando o serviço de fisioterapia para que a gente consiga atender todas as demandas neste momento”.

James explica que os residentes só não estão atendendo nas Unidades de Terapias Intensivas (UTIs) especializadas. “Porém, eles atendem em todos os outros setores para termos condições de colocar outros profissionais com mais experiência dentro das UTIs. Eles fazem essa cobertura indispensável”, destaca o supervisor, que frisa ainda a atuação da fisioterapia na linha de frente da Covid-19. “Somos um hospital público e com um trabalho de excelência, sobretudo neste momento”, completa.

Na retaguarda da Covid-19

Neste período crítico causado na saúde pelo novo coronavírus, um fator importante é a interação multiprofissional para que a assistência aos pacientes seja efetiva. É o que reforça a nutricionista formada pela Unoeste, Kateleen de Lima Alcântara, residente do 2º ano (R2) do programa em Terapia Intensiva. “Estamos apoiando e colaborando com a instituição, tanto na parte teórica como na prática, por meio do desenvolvimento de protocolos internos, estudos científicos, realização de treinamentos e orientações à equipe, além do acompanhamento dos pacientes durante todo período de hospitalização”, comenta Kateleen.

Segundo ela, na terapia intensiva, eles buscam diariamente atualizações sobre o tema para compreender os mecanismos da doença e auxiliar na qualificação dos profissionais que estão na linha de frente. “Está sendo uma experiência única e enriquecedora. Observei o meu desenvolvimento e crescimento tanto no âmbito pessoal como no profissional. Ressalto a importância do manejo nutricional como parte fundamental na atenção integral ao paciente crítico”.

Paulo Alison Rocha Tonon, farmacêutico formado pela Unoeste e R2 em Urgência e Trauma, pontua que a atuação neste momento o faz conhecer ainda mais o real papel da profissão. “Cada plantão é meio que uma ‘caixa surpresa’. E isso faz com que eu me sinta na obrigação, como profissional da saúde, de buscar novos conhecimentos de algo totalmente desconhecido. Temos um hospital que nos favorece nesse sentido e orientações de tutores docentes que nos auxiliam nessa busca. Todos os profissionais estão no mesmo propósito, e estamos crescendo juntos em prol do paciente. É algo incrível, principalmente pra mim, como farmacêutico, participar desse processo reconhecendo, assim, a importância da união multiprofissional”.

Para a enfermeira Amanda Hersen Ferreira, R2 da residência em Saúde do Idoso, apesar do período crítico, no fim, o trabalho é gratificante. “Desde que iniciou a pandemia tivemos muitas mudanças na residência. Neste período era para estarmos no Centro de Referência do Idoso, que é considerado a atenção primária, mas o hospital solicitou o nosso auxilio e estamos aqui como apoio extra. Além disso, em todos os setores que passamos, trabalhamos também no suporte aos idosos ali presentes, que estão ansiosos por conta da pandemia, com projetos terapêuticos singular com a equipe e pedindo suporte de outros profissionais para auxiliar essa população neste período”, relata a enfermeira formada em uma universidade estadual do Paraná.


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