O setor de cardiologia do Hospital Regional de Presidente Prudente “Dr. Domingos Leonardo Cerávolo” realizou nesta sexta-feira (12), a primeira cirurgia de “fechamento percutâneo de Comunicação Interatrial” feita exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde no Estado de São Paulo. O procedimento recém-aprovado pelo Ministério da Saúde vai possibilitar o tratamento de uma doença congênita no coração em uma paciente de 19 anos.
Segundo o cardiologista do HR, Dr. Henrique Ebaid, é muito importante oferecer esse tipo de procedimento através do SUS, garantindo a todos os pacientes com doença congênita cardiológica uma cirurgia segura, minimamente invasiva e com um curto período de recuperação pós-operatório. “É um procedimento inédito no nosso hospital e trará grandes benefícios aos nossos pacientes portadores de doenças congênita, que tem a necessidade desse tipo de tratamento que antes era feito apenas pela cirurgia cardíaca e agora nós conseguimos ofertar um procedimento minimamente invasivo, que tem uma rápida recuperação e já é bem utilizado em todo o mundo”, comenta.
Segundo o especialista, esse procedimento tem como objetivo implantar uma “prótese de Amplatzer para Comunicação Interatrial”, importada dos Estados Unidos.
“Eu já havia realizado esse tipo de cirurgia na rede particular. O mais interessante dela é ser minimamente invasiva, de curta duração e com um período pós-operatório curto. Isso traz muitos benefícios para os pacientes e para a instituição”, explica.
Ele ainda complementa que o sucesso do procedimento só foi possível graças ao trabalho de toda uma equipe multiprofissional que se empenhou em buscar conhecimento para oferecer um procedimento seguro.
“Estamos muito felizes em realizar esse novo tipo de procedimento num hospital de referência em alta complexidade como o HR. Ele foi autorizado em novembro de 2018, mas somente em março de 2020 é que efetivamente foi liberada a sua realização pela SUS. A equipe foi composta por profissionais da cardiologia, cirúrgica, hemodinâmica e anestesistas. O procedimento ocorreu muito bem. A prótese fechou totalmente o defeito congênito no coração dessa jovem paciente e ela poderá ter uma qualidade de vida muito melhor a partir de agora”, destaca Ebaid.
Também compôs a equipe, o conceituado Dr. Carlos Eduardo Bernini Kapins, que é Cardiologista Pediátrico, Ecocardiografista e Hemodinamicista Intervencionista na cidade de Valinhos (SP). Segundo ele, os efeitos positivos que esse procedimento traz em relação a outros métodos são muito interessantes.
“O período pós-operatório e o fato de ser minimamente invasiva trazem mais segurança e qualidade ao paciente. É muito bom saber que a população terá acesso a ela pelo SUS. Vimos hoje que é possível fazer esse tipo de cirurgia em hospitais públicos. O resultado foi muito bom e nós alcançamos os objetivos traçados. Esperamos que a paciente se recupere bem”, pontuou o Dr. Bernini.
